Bajada de los tipos de interés incentivará el consumo en Brasil
Calote do consumidor atrapalha queda nas taxas e dificulta liberação dos empréstimos
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, os dois principais bancos públicos brasileiros, anunciaram a diminuição das taxas de juros dos empréstimos para o consumidor a fim de estimular o consumo interno nas últimas semanas.
Agora, a medida deve provocar uma redução em cadeia dos juros nos bancos privados, que correm risco de perder clientes para os públicos se não seguirem a mesma estratégia.
O objetivo dessas medidas políticas é baratear o crédito para o consumidor e estimular as compras no comércio. Mas o impacto no consumo só deverá ser sentido na segunda metade do ano, segundo o presidente do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), Claudio Felisoni de Angelo.
– Acho pouco provável que o consumo aumente no curto prazo por causa da redução dos juros. Os dados indicam que, pelo menos até junho deste ano, teremos um crescimento bem discreto das vendas, até porque a inadimplência continua em ascensão e, se estivermos certos, só passa a cair a partir de junho.
Na última quarta-feira (11), um estudo do Provar/FIA indicou que o consumo deverá desacelerarconsideravelmente no segundo trimestre deste ano, em virtude, sobretudo, do calote do consumidor. A intenção de compra para os meses de abril, maio e junho é a pior desde o primeiro trimestre de 2008 - apenas 58% da população pretende comprar bens duráveis.
Para Felisoni, “o governo tem feito o que pode para estimular o consumo, que é a pedra angular para a construção do Produto Interno Bruto este ano”.
– Uma das iniciativas é irrigar o varejo com recursos advindos dos bancos públicos e forçando os bancos privados a aquecerem nesta política.
No entanto, o calote do consumidor, que atingiu 7,6% em fevereiro e deverá alcançar 8,1%, é a principal pedra no sapato dos bancos para repassar o dinheiro, explica o presidente do Provar.
– Os bancos alegam o custo alto dos financiamentos e a própria inadimplência que está em ascensão, o que aumenta o risco de crédito e deixa as instituições financeiras mais criteriosas na hora de liberar o crédito.
Apesar disso, ele ressalta que, “para que haja uma condição mais favorável para o consumo, não há dúvida de que é preciso reduzir as taxas de juros na ponta”. Mesmo porque as reduções da taxa básica de juros (Selic) pouco afetam o bolso do consumidor.
– Nós vimos que as reduções da Selic praticamente não impactam a taxa de juros na ponta [no que os bancos cobram do consumidor]. É uma questão econômica, mas também política. É o governo convencendo os bancos a praticarem taxas de juros mais baixas e o setor privado convencendo o governo de que precisa de maior eficiência em legislação.
Na última segunda-feira (9), a Caixa Econômica Federal anunciou a redução dos juros cobrados pelos empréstimos. Os clientes do banco que utilizam o cheque especial terão taxas a partir de 1,35%, uma redução de 67% em relação aos juros cobrados até então. A média do mercado no cheque especial é de 8,34%, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Na semana passada, o Banco do Brasil aumentou seu limite de crédito para R$ 43,1 bilhões, dinheiro que será destinados a clientes pessoa física e micro e pequenas empresas. Só para os clientes, são R$ 16,3 bilhões que serão repassados por meio de empréstimos.
Autor: Raphael Hakime
Fuente: Noticias R7
Link: http://noticias.r7.com/economia/noticias/corte-de-juros-dos-bancos-so-devera-beneficiar-consumo-no-2-semestre-20120412.html?question=0
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